Criança de 4 anos tem QI semelhante ao de Einstein

Uma rapariga de quatro anos tem um QI de 159 pontos, inferior em apenas um ponto ao Quociente de Inteligência de Albert Einstein e de Stephen Hawking. Heidi Hankins, natural de Hampshire, no Reino Unido, foi assim aceite na instituição internacional para sobredotados, a Mensa.

 

foto LISA SOARES/GLOBAL IMAGENS

 

Heidi Hankins tem quatro anos e um Quociente de Inteligência (QI) de 159 pontos. A criança britânica aprendeu sozinha a ler e já conseguia contar até 40 aos dois anos.

A Mensa, uma sociedade exclusiva para pessoas com QI elevado, admitiu a entrada de Heidi, depois de se descobrir que o seu QI é superior ao normal de um adulto. Segundo a instituição, um adulto comum apresenta um QI de 100 pontos.

Albert Einstein, o físico que desenvolveu a teoria da relatividade, e Stephen Hawking, o maior físico teórico da atualidade, apresentam um QI de 160 pontos.

Em 2009, Oscar Wrigley, um menino de dois anos e meio na altura, foi o elemento mais novo alguma vez aceite em Mensa, com um QI de 160.

Crianças que apresentem um QI superior a 130 pontos, são consideradas crianças sobredotadas. Em fevereiro do ano passado, mais de 60 mil crianças e jovens em Portugal era sobredotados.

De acordo com a instituição, os sinais que indicam que uma criança pode ser sobredotada, incluem uma memória invulgar, capacidade de leitura permatura, intolerância com outras crianças, consciência de acontecimentos mundiais e uma constante necessidade de questionar tudo.

Fonte: Jornal de Notícias

Desenvolvimento Motor

O ser humano é o único animal no mundo cujo o desenvolvimento está sempre activo, independentemente da fase da vida em que se encontra. No entanto, o desenvolvimento é muito mais significativo durante a “infância e a adolescência”.
Desenvolvimento Físico na Infância:
Quando o bebé nasce, a sua cabeça representa ¼ do comprimento total do seu corpo, o que lhes dificulta muito o equilíbrio vertical, e os olhos, têm metade do seu tamanho final. Quanto ao peso, este torna-se muito variável uma vez que depende do estado socioeconómico e nutricional da mãe. As crianças que nascem com um peso inferior aos valores normais conseguem, com o passar do tempo e com acompanhamento médico, aproximar-se dos valores normais de crescimento, no entanto, nunca igualam os recém-nascidos normais. Todas as crianças passam pelos mesmos processos durante o seu desenvolvimento : todas a crianças conseguem sentar-se antes de ficarem de pé; todas as crianças conseguem ficar de pé antes de andar; todas as crianças desenham um círculo antes de desenharem um quadrado… Quanto á linguagem, os processos são exactamente os mesmos: balbuciam antes de falar, pronunciam certos sons antes de outros e formam frases simples antes de pronunciarem frases complexas. Certas capacidades cognitivas precedem outras, invariavelmente.

Desenvolvimento motor na Infância: 
O desenvolvimento é um processo contínuo que começa com a vida, isto é, na concepção, e a acompanha, sendo agente de modificações e aquisições.
No que diz respeito ao desenvolvimento motor, existe uma sequência na aprendizagem das capacidades motoras: os bebés seguram a cabeça antes de se sentarem sem apoio, sentam-se antes de gatinharem, e gatinham antes de andarem. A idade pode mudar ligeiramente, mas a sequência é a mesma para todas as crianças. Importa também salientar que o desenvolvimento motor é influenciado pela maturação biológica, que é estimulada pela prática. Por isso, a prática precoce constitui um factor chave para a manutenção e o futuro desenvolvimento de acções.
Desenvolvimento do bebe: 
• Dos 0 aos 6 meses- esboça o primeiro sorriso, brinca com as mãos e alinha a cabeça com o seu corpo;
• Dos 6 aos 12 meses- senta-se direito sem apoio, começa a gatinhar, consegue levantar-se, desenvolve o sentido de humor e consegue largar e agarrar os objectos quando quer;
• Dos 12 aos 24 meses- caminha sozinho e consegue mudar de direcção, come sozinho com uma colher, brinca junto de outras crianças, tem capacidade para atirar e dar objectos, consegue pensar como se sente e como se sentem os outros;
• Dos 24 aos 36 meses- torna-se mais sociável, compreende conceitos do género “cima, baixo, dentro e fora”;
• Dos 3 aos 4 anos- torna-se um ser muito curioso;
• Dos 4 aos 5 anos- aprende a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro; 
• Dos 5 aos 6 anos- demonstra grande interesse pelas palavras e pela linguagem;
• Dos 6 aos 7 anos- começa a ter memórias continuas e organizadas;
• Dos 7 aos 8 anos- grande actividade motora, a criança brinca até estar completamente exausta;
• Dos 8 aos 9 anos- o pensamento torna-se mais lógico e organizado;
• Dos 9 aos 10 anos- torna-se mais interessada nas relações afectivas e nas actividades sociais;

Desenvolvimento na adolescência:
Adolescência significa crescer ou desenvolver-se até à maturidade. É nesta fase que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura. A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade.
ALTERAÇÕES QUE SUCEDEM NAS DIFERENTES ETAPAS DA ADOLESCÊNCIA:
a) A puberdade ou adolescência inicial (11 a 14 anos)
- Nasce a intimidade (o despertar do próprio “eu”).
- Crise de crescimento físico, psíquico e maturação sexual.
- Não há ainda consciência daquilo que se está a passar.
- Conhece pela primeira vez as suas limitações e fraquezas, e sente-se indefeso perante elas.
- Desequilíbrio nas emoções, que se reflecte na sensibilidade exagerada e na irritabilidade de carácter.
- “Não sintoniza” com o mundo dos adultos.
- Refugia-se no isolamento ou no grupo de companheiros de estudo, ou integra-se num grupo de amigos.

B) A adolescência média (13 a 17 anos)
- Do despertar do “eu” passa-se à descoberta consciente do “eu”, ou da própria intimidade. A introversão tem agora lugar, pois o adolescente médio precisa de viver dentro de si mesmo.
- Aparece a necessidade de amar. Costumam ter imensas amizades. Surge o “primeiro amor”.
- A timidez é característica desta fase. Medo da opinião alheia, motivado pela desconfiança em si mesmo e nos outros.
- Conflito interior ou da personalidade.
- Comportamentos negativos, de inconformismo e agressividade param com os outros. Causados pela frustração de não poderem valer-se por si mesmos.

C) A adolescência superior (16 a 22 anos)
- Começa a compreender-se e a encontrar-se a si mesmo e sente melhor a integração no mundo onde vive.
- Apresenta um significativo progresso na superação da timidez.
- É mais sereno na sua conduta. Mostra-se menos vulnerável às dificuldades.
- Tem maior autodomínio.
- É a época de tomar decisões: futuro, estudos…
- Começa a projectar a sua vida.
- Estabelece relações mais pessoais e profundas.

O Talento é Inato ou Adquirido?

O que é o talento?
Talento, vocação ou dom é o nome que se dá a algumas habilidades especiais presentes num determinado indivíduo. Estes, destacam-se dos demais, pois, conseguem realizar certas acções de uma forma mais vistosa e eficaz com um menor esforço. Actualmente, é um dos temas mais estudados da psicologia, que procura decifrar se essas capacidades nascem connosco ou são adquiridas ao longo da nossa vida. 
Ao analisarmos esta questão tendo como base uma perspectiva histórica, pudemos facilmente perceber, que a visão do talento inato foi inicialmente preferida. No entanto, com o passar dos anos e com a intensificação dos estudos, percebeu-se que as habilidades consideradas inatas podem ser desenvolvidas caso haja motivação, perseverança e bastante treino. Assim, qualquer pessoa está potencialmente apta para adquirir certas capacidades, desde que esteja disposto e com vontade de aprender.

O Talento no Desporto

No treino desportivo, por exemplo, mesmo que um atleta tenha uma orientação adequada, oportunidades precoces, muito incentivo e motivação incomum, o sucesso nem sempre está garantido. Apesar de atractiva e apelativa, a ideia de que a prática leva à perfeição, não parece ser realista. É inegável a necessidade de dedicação nos treinos para obtenção do sucesso. Porém, as explicações em termos de prática não são suficientes e as características hereditárias devem ser valorizadas (Schneider, 1997). 
Outro facto importante é a predisposição genética do indivíduo que pode interferir no desempenho desportivo, limitando as possibilidades de superação com o treino. Por exemplo: é improvável que um indivíduo de 1,60m tenha sucesso internacional no basquetebol, por maior que seja a sua dedicação e prática. Os Factores genéticos são bastante importantes na maturação neuromuscular e, consequentemente, no desenvolvimento de habilidades motoras, porém a contribuição específica dos genes para esses processos é difícil de quantificar. Para Seefeldt (1988) a herança genética determina os limites em que as habilidades são expressas. Kupferman e Kandel (1995) afirmaram que a maior parte dos comportamentos humanos depende de interacções entre processos genéticos e ambientais. A motivação para se dedicar é um factor importantíssimo e pode fazer parte de um potencial inato (Winner & Martino, 1993). Ainda que sejam oferecidas oportunidades e incentivos a várias crianças, nem todas são capazes de responder de uma forma positiva. 
Na realidade, os caminhos que levam ao alto desempenho são diversos, sendo improvável especificar os seus factores determinantes. A excelência no desporto é o resultado da óptima integração entre genes e o ambiente. Mesmo reconhecendo que existem influências genéticas no alto desempenho, elas devem ser entendidas de forma probabilística para obtenção do sucesso, sendo necessárias condições ambientais apropriadas para que o indivíduo se destaque. Desse modo, é absolutamente questionável a ideia, apesar de ser sustentado por muitas personalidades envolvidas na formação desportiva, de que os atletas habilidosos “nasceram para o desporto” ou possuem um “dom natural” que os possibilita atingir um alto nível de desempenho.
Concluímos então que o talento é algo inato e adquirido, ou seja, é uma capacidade que todos os indivíduos têm, mas que depende de aperfeiçoamento, do interesse do praticante, de uma boa capacidade de relacionamento interpessoal, adaptações nos diferentes comportamento e disciplina. O desenvolvimento do talento é algo que começa no seio familiar, se estende à escola e ao treino, e, que exige um elevado grau de compromisso dos indivíduos.

O grande exemplo de equilíbrio entre talento inato e adquirido é o jogador de futebol português Crisitiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo cumpre a terceira época no Real Madrid e faz «um balanço positivo». Ganhou títulos coletivos e individuais, é um dos melhores da história «merengue» e da história do futebol mundial. Tudo aquilo que conseguiu, disse não ter «acontecido por acaso». «O que consegui foi com esforço, dedicação e um pouco de sorte, mas a sorte só vem para quem a procura», justificou, em entrevista à TVI. 

Gestaltismo

      Gestalt é uma palavra de origem germânica que se refere a um processo de dar forma, de configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra gestalt tem o significado "(...)de uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos."
      A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX que defende que não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias".
      Em termos mais gerais, é o conjunto de entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito, padrão ou configuração unificado que é maior que a soma de suas partes.
     Ou seja, o princípio básico da teoria gestaltista é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que a soma das suas partes.

Construtivismo

      O Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
      A ideia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
      Ora, a aprendizagem está focada na premissa de que através da reflexão nas nossas experiências construímos o nosso conhecimento. Cada individuo tem as suas “regras” e “modelos mentais” que utiliza para dar sentido às experiências que vive.
      A aprendizagem é, assim, o processo de ajustar os modelos mentais de cada um às novas experiências.
 

Psicanálise

      A Psicanálise, disciplina fundada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud, é uma ciência que tem como objeto o inconsciente, isto é, procura as raízes do comportamento humano nas motivações e nos conflitos inconscientes.

      É na interpretação do inconsciente que reside o trabalho do psicoterapeuta.

      Este realiza tal interpretação (análise psíquica), a partir de:

1.  Uma análise dos sonhos, dos atos falhados (lapsos ou falhas da linguagem que traduzem desejos inconscientes).
2.  Dos sintomas que os doentes apresentam.
3.  Forma como as pessoas livremente fazem a associação de ideias (falarem livremente sobre o que lhes ocorre, mas que está a ser analisado pelo psicoterapeuta).

Estruturalismo

Fundadores: Wilhelm Wundt e Edward B. Titchener e impulsionadores: Carl Stumpf, G.E. Muller e Oswald Kulpe, entre outros.

       A psicologia moderna nasceu na Alemanha no final do século XIX, na Universidade de Leipzig, com Wilhelm Wundt.
       Wundt, criou o primeiro laboratório de psicologia experimental, em Leipzig (Alemanha). Dá-se assim, o nascimento da psicologia científica, que se emancipa da filosofia e conquista a sua autonomia.
... Wundt escreveu o primeiro tratado de psicologia: ‘Fundamentos da psicologia fisiológica’ e criou a revista Philosophische Studien, dedicada a relatos de experiências.
       As experiências que se realizaram pretenderam encontrar processos elementares da consciência, designadamente as sensações e sentimentos que fariam parte de processos mentais mais complexos, isto é, as operações mentais não eram mais do que a organização de sensações elementares.
       Um dos métodos mais conhecidos de Wundt é a Introspecção, onde indivíduos treinados recebiam determinados estímulos controlados e após esses estímulos eles seriam descritos, de forma a relatar suas experiências e sensações.
       Para Wundt o todo, ou seja, a mente seria a soma das partes, isto é, os elementos e processos elementares que ele iria estudar.
       Contudo o Estruturalismo tem as suas lacunas porque é um método reducionista, onde toda a complexidade dos comportamentos é reduzida a simples respostas sensoriais. Uma outra grande lacuna do Estruturalismo, é que apenas indivíduos treinados poderiam relatar os seus sentimentos nos experimentos, logo não poderiam ocorrer experiências para o comportamento de crianças, deficientes mentais, animais, entre outros.

"A psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta história.."

Afirmar que a psicologia é uma ciência com um "longo passado mas, uma curta história", singnifica que a autonomização da psicologia é relativamente recente...
Desde cedo que o humano pensa no mundo que o rodeia e pensa em soluções para resolver os seus problemas como certas inquietações e angústias, e como tal surgiram disciplinas como a filosofia e a psicologia. Nos primórdios, a psicologia era associada à filosofia e, consequentemente, nao conseguia ganhar a sua autonomia nem a importância devida.
A psicologia teve um grande desenvolvimento e sistematização quando as civilizações evoluíram e começaram a organizar-se socialmente.
Apesar de todo o seu passado, a psicologia só surgiu como ciência independente em meados do século XIX, daí considerarmos que possui uma curta história.

Introdução à Psicologia do Desenvolvimento.

Este blog foi criado no âmbito da UC - Psicologia do Desenvolvimento da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e tem como objetivo comentar e realçar aquilo que de mais importante foi lecionado pela professora Cláudia Dias. O mesmo será semanalmente atualizado nas aulas práticas pelos alunos: Pedro Lopes, Luciano Couto, Rafael Sardinha e Diogo Baía.

Muitas vezes perguntamo-nos qual a utilidade de certas disciplinas integradoras dos mais variados cursos... Qual será a utilidade da UC Psicologia do Desenvolvimento para a nossa vida profissional ?

No ensino, torna-se muito importante a relação com o aluno. A psicologia do desenvolvimento tem um papel importante no nosso quotidiano profissional, uma vez que nos fornece capacidades para melhor compreender e lidar com os diferentes indivíduos e diferentes situações provocadas por estes. Se tivermos habilidade para perceber como cada "aluno" age mentalmente, mais fácil será o processo de transmissão de conhecimento entre professor e aluno.