Experiência Precoce


Como a própria palavra indica é uma experiência “antes do tempo”, isto é, na área da educação a experiência precoce define-se quando é dado um certo estímulo à criança logo muito cedo, algumas horas após o nascimento, por exemplo. 
Tudo o que seja experiências realizadas logo muito cedo, nas primeiras horas ou dias, são considerados experiências precoces. Um dos autores que escreveu sobre ela foi Freud, este destacava que as experiências vividas na infância eram determinantes no desenvolvimento da personalidade.
No início, quando se começou a falar em experiência precoce argumentou-se que esta só podia “ estimular o desenvolvimento emocional em desfavor do desenvolvimento intelectual”, muito recentemente, foi então aceite a ideia de quo o desenvolvimento precoce tem bastante importância no desenvolvimento intelectual.

Períodos Críticos 

Os períodos críticos são caracterizados por momentos específicos da vida do bebé, onde é “aproveitado” para se fazer modificações que, futuramente irão ter repercussões na vida da criança, nem devem ser feitas demasiado cedo, nem tarde, o período crítico é o momento exato. A criança tem que ser “treinada” na altura certa, para podermos ”tirar proveito” do período crítico, se for cedo de mais ou então tarde de mais a criança pode sofrer problemas ou prejuízos.

Daqui em diante abordaremos alguns estudos e experiências (De autores de renome a este nível) relacionadas com o conteúdo.

Comecemos por abordar os estudos de Nancy Bayley referentes ao crescimento e desenvolvimento humano:
Nancy Bayley estudou o crescimento e desenvolvimento humano, tendo retirado desses estudos as seguintes conclusões:
- Os QIs não são constantes, existe uma variação considerável do QI ao longo do tempo;

- A variabilidade do QI é maior durante os primeiros anos de vida e a estabilidade do QI é proporcional à idade;

- A capacidade intelectual pode crescer durante toda a vida;

Curva do crescimento intelectual de Benjamin

Benjamin Bloom analisou, classificou e examinou todos os estudos sobre o crescimento intelectual, o que o levou a traçar uma curva de crescimento com aceleração negativa para o desenvolvimento intelectual.
Com o aumento da idade, verifica-se um decréscimo do efeito positivo que um ambiente apropriado tem na criança, defendendo que a experiência precoce benéfica é essencial para o desenvolvimento cognitivo.
Cerca dois terços da nossa capacidade cognitiva máxima está formada aos seis anos (idade com que se entra para a escola). Na altura em que a educação formal se inicia, o potencial da criança para um desenvolvimento intelectual posterior tende a abrandar. Assim, revela-se necessária uma intervenção ainda mais precoce.
Bloom concluiu que a falta de um meio ambiente enriquecedor impede o desenvolvimento intelectual da criança, mas inclui também a perda desse tempo precioso como prejudicial, visto que não existe forma de a compensar num estado mais avançado.
Desta forma, criou uma divisão de objectivos educacionais em três partes:
1. Cognitiva: objetivos que enfatizam relembrar ou reproduzir algo que foi aprendido, ou que envolvem a resolução de alguma atividade intelectual para a qual o indivíduo tem que determinar o problema essencial, então reorganizar o material ou combinar ideias, métodos ou procedimentos previamente aprendidos.
2. Afetiva: objetivos que enfatizam o sentimento, emoção ou grau de aceitação ou rejeição. Tais objetivos são expressos como interesses, atitudes ou valores.
3. Psicomotora: objetivos que enfatizam alguma habilidade muscular ou motora.

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